Objetivos:
Ø Refletir sobre a
importância do brincar na educação infantil
Procedimentos
Leitura: “As longas colheres”
Dinâmica
sobre o brincar
Relembrar
sobre a escolha do portfólio e as habilidades e expectativas escolhidas para os
bimestres.
Rede
de Ideias:
Trazer
para o próximo htpc sugestões de brincadeiras para serem realizadas com as crianças.
Sugestão de site com aulas http://criancaportalprofessor.wordpress.com/sugestoes-de-aulas/
As longas colheres
Uma vez,
num reino não muito distante daqui, havia um rei que era famoso tanto por sua
majestade como por sua fantasia meio excêntrica. Um dia ele mandou anunciar por
toda parte que daria a maior e mais bela festa de seu reino. Toda a corte e
todos os amigos do rei foram convidados.
Os
convidados, vestidos nos mais ricos trajes, chegaram ao palácio, que
resplandecia com todas as suas luzes. As apresentações transcorreram segundo o
protocolo, e os espetáculos começaram: dançarinos de todos os países se
sucediam a estranhos jogos e aos divertimentos mais refinados.
Tudo, até
o mínimo detalhe, era só esplendor. E todos os convidados admiravam fascinados
e proclamavam a magnificência do rei. Entretanto, apesar de primorosa
organização da festa, os convidados começaram a perceber que a arte da mesa não
estava representada em parte alguma. Não se podia encontrar nada para acalmar a
fome que todos sentiam mais duramente à medida que as horas passavam.
Essa
falta logo se tornou incontrolável.
Jamais
naquele palácio nem em todo o país aquilo havia acontecido.
A festa
não parava de esforçar-se para atingir o auge, oferecendo ao público uma
profusão de músicos maravilhosos e excelentes dançarinos. Pouco a pouco o
mal-estar dos espectadores se transformou numa surda, mas visível
contrariedade.
Ninguém,
no entanto ousava elevar a voz diante de um rei tão notável.
Os cantos
continuaram por horas e horas. Depois foram distribuídos presentes, mas nenhum
deles era comestível. Finalmente, quando a situação se tornou insustentável, e
a fome intolerável, o rei convidou seus hóspedes a passarem para a uma sala
especial, onde uma refeição os aguardava. Ninguém se fez esperar. Todos, como
um conjunto harmonioso, correram em direção ao delicioso aroma de uma sopa que
estava num enorme caldeirão no centro da mesa.
Os
convidados quiseram servir-se, mas grande foi sua surpresa ao descobrirem, no
caldeirão, enormes colheres de metal, com mais de um metro de comprimento. E
nenhum prato, nenhuma tigela, nenhuma colher de formato mais acessível. Houve
tentativas, mas só provocaram gritos de dor e decepção. Os cabos desmesurados
não permitiam que o braço levasse à boca a beberagem suculenta, porque não se
podiam segurar as escaldantes colheres a não ser por uma pequena haste de
madeira em suas extremidades. Desesperados, todos tentavam comer, sem
resultado. Até que um dos convidados, mais esperto ou mais esfaimado, encontrou
a solução: sempre segurando a colher pela haste situada em sua extremidade,
levou-a à... boca de seu vizinho, que pôde comer à vontade.
Todos o
imitaram e se saciaram, compreendendo enfim que a única forma de alimentar-se,
naquele palácio magnífico, era um servindo o outro.
Do livro: Histórias da Tradição Sufi - Editora
Dervish
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