quarta-feira, 9 de maio de 2012

PAUTA DE HTPC – 09/05/2012


                                             
                                                                      
“Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente.”
                              

                                                                                                                                                             
Objetivos:
Discussão das nossas práticas

Procedimentos
Leitura: “A última folhinha verde
Projetos – Fechamento
Organização da escola para a festa do dia das mães
Apresentação do calendário Linear- com demais atividades
Semanários , Atividades em sala,Cartazes expostos (função) ,Atividade de encerramento
Informes sobre a parada cultural








A última folhinha verde    
Aconteceu, a muito tempo atrás, no Hemisfério Norte...
O Rei estava de cama, muito doente...morrendo lentamente.
Porém, mais forte do que a doença que lhe consumia, era o profundo desanimo que lhe faltava a alma. O rei havia desistido de viver.
Sua filha vinha vê-lo todos os dias e tentava anima-lo, relembrando dos bons momentos da vida.
Mas em vão, ela não reagia.
O rei havia desistido e viver.
Passava os dias inteiros na cama, olhando para a janela à sua frente e observando uma grande árvore que ia lentamente perdendo suas folhas, porque o outono havia chegado.
Em uma manhã, quando a filha tentava animá-lo, o rei lhe disse:
__"Sabe, filha, quando aquela árvore perder a última de suas folhas, terá chegado a minha hora de morrer..."
__Que é isso pai? Que tolice! Por que amarrar o seu destino ao destino de uma árvore?
__Mas o rei não a ouviu, tão absorvido estava em sua melancolia.
A filha então compreendeu que existem momentos em que as palavras ficam muito pobres e não dão mais conta de acender uma luzinha no coração das pessoas.
Resolveu Agir.
Assim que o pai adormeceu, a moça entrou no quarto com um pincel e um potinho de tinta verde. Subiu em um banquinho e pintou no vidro da janela, bem no rumo da árvore que seu pai olhava, uma folhinha verde.
À medida em que o outono ia avançando e o inverno tomava seu lugar, as folhas da árvore desprenderam-se todas e saíram dançando ao vento...
O rei observava cuidadosamente todos os seus movimentos.
Observava, especialmente, uma certa folhinha verde muito teimosa e persistente, que não se movia do lugar e ficava agarrada a árvore, não importava o quão forte fosse o vento, quão inclente fosse a chuva.
Até que a neve chegou e cobriu a árvore com um manto branco.
Mas, de sua cama, o rei havia atado o fio da vida àquela folhinha verde e continuava olhando-a fixamente.
E foi assim, agarrando-se à folhinha verde que o rei atravessou o inverno de sua doença e o inverno de sua alma.
Então, quando a primavera chegou e muitas novas folhinhas cobriam a árvore e àquela pequena folha verde ficou perdida entre tantas outras, o rei encontrou seu ânimo, sua vontade de viver e ficou de pé. E voltou a vida.
Mais tarde, enquanto limpava a folhinha pintada na janela a filha pensou:
__"Espero que, algum dia, se o desânimo tomar conta do meu ser, alguém consiga oferecer uma folhinha verde, para que eu possa receber, através dela, a seiva da vida."
                                                                                                                  Rosângela Alves

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