quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Relato de Acompanhamento Práticas Pedagógicas / Concepção de ensino aprendizagem




Através de discussões nos HTPCs, de intervenções dos semanários e também das nossas práticas pedagógicas e cotidianas. Foi possível enxergar que o grupo vem de encontro com a proposta construtivista “Professor coo Mediador da Aprendizagem e a criança como sujeito ativo e participativo”.
Há momentos em que observamos poucos sinais da concepção empirista, pois pela faixa etária e também pela inicialização desses profissionais na área da educação infantil, às vezes não acreditam que crianças tão pequenas possam ter ações de autonomia e avanços neste processo, que esse desenvolvimento ocorrerá com as observações da rotina e de tarefas do cotidiano.
O grupo traz opções e estratégias para cada vez esse processo ser mais eficaz e feliz para a criança usando a ludicidade para desenvolver a autonomia como um todo, propondo momentos em que os alunos participam e expressam suas vontades, desejos e expondo seus conhecimentos fazendo de verdade o processo aprendizagem acontecer.
Com isso sempre trazemos para as reuniões e em conversas individuais os apontamentos necessários para a mudança de nossas práticas. Em dois dos casos observados que já houve grandes mudanças, apesar de algumas dificuldades no entendimento nas orientações individuais. Percebemos também que estão observando e escutando mais os alunos e dando importância aos seus apontamentos, dando-os mais autonomia nas ações e fazendo com que eles sejam integrantes no processo da aprendizagem.
Em alguns processos na parte da linguagem é visível que se faz necessário bastante intervenção e motivação para um trabalho diferenciado, pois se percebe a utilização de atividades no fazer artístico com suportes prontos de pintar limitando o processo e com um só tipo de material, não utilizando materiais e técnicas diferenciados.
Com isso fizemos e continuamos com intervenções direcionadas tanto nos HTPCs , quanto individualmente para estudarmos sobre a prática , através de troca de experiências . Leituras, dinâmicas, vídeos, para percebermos a importância deste processo e da observação de diversas obras, estilos e a função destes no cotidiano em torno da nossa experiência.
Fizemos em conjunto com os projetos uma observação artística para termos outro olhar sobre esse processo e com isso foi possível mostrar a importância de um planejamento para esse momento, e um estudo, trazendo algo novo e diferenciado que alem de chamar a atenção desperta também a curiosidade da criança em apreciar e fazer essa arte acontecer de inúmeras formas utilizando novos recursos e materiais. Através deste trabalho o grupo optou por usar a forma de exposição pela escola como um modo de mostrar essas produções no que resultou em um orgulho para os alunos que mostravam tanto ao entrarem  como ao saírem da escola  seus trabalhos aos pais  , que observaram através de legendas as informações de como foi realizado os processos  e começaram a enxergar com outros olhos o trabalho realizado no Pac que não se resume apenas no cuidar.
Nas Paradas Pedagógicas e também nas reuniões estamos sempre tentando proporcionar momentos de troca de experiências, de estudos direcionados as práticas cotidianas e avaliações das nossas ações, o que nos trazido ótimos resultados, pois temos voltado o nosso olhar para acriança, para o desenvolvimento delas e para a representação desse desenvolvimento em nosso trabalho pedagógico. 


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Perfil do Coordenador Pedagógico




Inspirado no livro: Pedagogia  da Autonomia de Paulo Freire
“Quem forma se forma e re-forma ao se formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. Paulo Freire
Quando iniciei minha trajetória na educação infantil em fevereiro de 2007 não sabia o que esse trabalho representava e o quão grande seria sua importância na minha vida pessoal e profissional.
Comecei com ADI e fui fazendo minha trajetória rumo ao conhecimento especifico do que era Pedagogia e á conhecer  o que era vivenciar a vida e o acrescentar no desenvolvimento de uma criança.
Com o tempo comecei a vibrar com cada conquista dos meus pequenos e me  entusiasmar  com cada avanço. Depois de muito trabalho, questionamento e aprendizado continuo, fiz a faculdade em Pedagogia e com isso aprendi algo mais dessa arte de ensinar e acima de tudo a arte do aprender.
Após cinco anos de muita batalha e trabalho apaixonante que realizei como ADI veio a proposta de aceitar a coordenação, aceitei o papel com muito carinho, medo, e receio pois sabia e sei da minha capacidade mas também conheço as minhas limitações . Porém  me propus a aprender , a escutar e trabalhar de forma democrática e criativa para atender as necessidades da equipe,  procurando a cada dia ser uma pessoa  ouvinte e aberta a discussões.
Paulo Freire diz: estar aberto a aprender de acordo com a realidade de seus educandos, porém não aceitar tudo o que se diz como verdade absoluta, e sim, as informações para aceitar ou não. Fazendo cada vez mais reflexões da prática e observando e mudando quando necessário às estratégias caso as mesmas não estejam surtindo efeito.
Tento fazer meu trabalho em conjunto com a direção e o corpo docente, participando da elaboração do plano político pedagógico, fazendo com que aconteça de forma eficaz e respeitosa a divulgação e a execução das práticas de forma a auxiliar o grupo. Tento proporcionar momentos de trocas de experiências entre o grupo através de pesquisas e principalmente através das formações e cursos oferecidos pela SEDUC.
Tenho contato continuo com os professores tato nos HTPCs  quanto nos atendimentos individuais , na realização de atividades ,dando opiniões e sugestões e acompanhando a evolução dos mesmos . Aprendo cada dia mais com o grupo, a respeitar seus espaços, a aceitar suas criticas, sugestões e suas avaliações sobre meu desempenho.
Pois o ato de aprender não cabe somente ao aluno e o de ensinar não depende exclusivamente do professor, foi através deste contexto que aceitei este novo desafio de estar no PAC São Domingos para com variadas ações estar em constante movimento de “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
Os desafios são grandes e transpassados a cada dia e devemos em conjunto procurar criar novas perspectivas de maneira a aumentar ainda mais o sucesso da nossa escola. Os objetivos e metas vêm ser muito mais do que foi explicitado aqui, portanto procurarei cumprir com os meus deveres da melhor forma possível.






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PAUTA DE HTPC – 24/10/2012




"A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência que não sabe" Augusto Cury·.
Objetivos:
Ø   Registrar “porque, para que e para quem”?
Ø  Avaliar os diversos registros feitos em sala

Procedimentos:
Ø  Dinâmica: O Presente não é seu
Ø  Roda de conversa sobre as formas de registros realizadas em sala (ocorrências, avaliações e observações diárias).
Ø  Observações sobre atividades realizadas em sala (cantos simbólicos, uso da televisão, atividades prontas , e uso do celular).
Rede de Ideias:
Ø  Retomada das atividades discutidas no HTPC anterior

·         Discutir as formas de avaliar (segundo material de OT).
·         Em grupos e trazer um relato sobre as formas de registro (Fotografias, Caderno de Ocorrências, Caderno de Avaliação, Caderno de portfólio).
·         Os mesmos grupos vão trazer outro relato sobre: Cantos, televisão, atividades prontas.















 DINÂMICA: O PRESENTE

OBJETIVO: trabalhar a atenção, a observação, o desapego, a sinceridade, a emoção de dar e repartir um bem recebido, demonstrando o intuito de construir um mundo mais solidário, mais humano.
01- Você é uma pessoa especial, e por isso está recebendo este presente, mas, na verdade, não se anime muito, pois este presente não é seu! Entregue-o à pessoa que considera á mais bonita do grupo.
02- Para muitos, a beleza é fundamental, mas para você é apenas uma qualidade. Que pena! Este presente também não é seu. Você vai entregá-lo a uma pessoa dinâmica
03- Ser dinâmico é estar sempre presente, ajudando sem cessar. Mas... este presente não é seu .... Entregue-o a uma pessoa realista
04- Como você é realista, então já sabe o que lhe espera, a realidade é que este presente não é seu. Você vai entregá-lo a pessoa que você considera inteligente
05- Ser inteligente é um privilégio, mas a capacidade de entender o mundo é dos sensíveis e inteligentes e você também o é. Pela sua inteligência, você sabe que o presente não é seu, entregue-o a uma pessoa sensível.
06- Ser sensível é um Dom de Deus, qualquer coisa lhe atinge, atinge a sua sensibilidade, e esta sensibilidade lhe diz que este presente não é seu, então, entregue-o a uma pessoa carinhosa.
07- Carinho também é uma forma de amor. Você está de parabéns! (palmas a ela), mas.... todo este carinho você irá demonstrar, entregando este presente a uma pessoa meiga.
08- A meiguice é um Dom que poucas pessoas possuem. Se você é mesmo uma delas, cultive-a que será recompensada (o) por Deus. Sendo meiga(o) já sabe que este presente também não é seu... passe-o para uma pessoa otimista.
09- Ser otimista é estar sempre disposto(a) a começar tudo de novo. Quanta força de vontade tem dentro de você. Você é tão otimista que acredita que este presente é seu, mas ... não é... Você vai entregá-lo a uma pessoa trabalhadora
10-Dizem que Deus ama a quem trabalha, e você deve estar radiante por esse amor de Deus! Pense consigo mesmo que quem trabalha um dia será recompensado. Hoje chegou o meu dia e eu serei recompensado com este presente! Mas não é bem assim, a sua recompensa será ainda maior, não hoje, hoje trabalhe mais um pouco e dê o presente à pessoa calma.
11-Se você é calmo (a), mantenha este Dom, porém não se deixe abater pela passividade e deixe sempre clara a sua opinião. Mas o presente também não é seu... Entregue-o a pessoa mais criativa.
12- Ser criativo é levar uma vida inventando, imaginando coisas. Para você , as horas são curtas e os dias pequenos demais! Seja criativo para escolher uma pessoa mais do grupo. Aquela que diz na hora o que pensa, uma pessoa sincera,
13- Ser sincero(a) é ser fiel, é ser uma pessoa em quem se possa confiar, tomara que haja mais pessoas como você. Não fique com o presente, seja sincero(a), entregue-o a pessoa mais simpática.
14- Nós admiramos você pela sua simpatia e na sua simpatia, dê uma voltinha..., mas apenas para escolher uma pessoa solidária para você e passe este presente.
15- Ser solidário é fundamental nos dias de hoje, mas nem só de pão vive o homem. Assim, este presente não é seu, entregue-o a pessoa mais sensual
16- Sensualidade é força de vida. Use toda a sua energia e entregue este presente para a pessoa mais romântica.
17- Como pessoa romântica que é, você vê o amor em todas as coisas, mas mesmo assim este presente não é seu, entregue-o a uma pessoa dedicada do grupo,
18- A dedicação é um ato de entrega, então, não vai ser difícil, entregue este presente a pessoa persistente
19- Ser persistente é um ato de coragem frente aos obstáculos da vida, então tenha coragem e entregue este presente a uma pessoa tolerante.
20- Ser tolerante é ser paciente e aceitar certas falhas e erros das pessoas. Desculpe, eu errei, esse presente não é seu entregue-o a urna pessoa empolgada
21- Ser empolgada com as coisas é maravilhoso. Você contagia a todos com pequenos atos, mas não fique muito empolgado(a), pois este presente não é seu, entregue-o à pessoa mais cortês do grupo.
22- A cortesia é a maneira que o homem encontra de demonstrar toda a sua delicadeza, então seja cortes e entregue este presente a uma pessoa interessante do grupo.
23- Ser interessante significa cativar o espírito, a atenção, a curiosidade. Então s interessante e cative uma pessoa equilibrada do grupo, oferecendo-lhe este presente
24- Equilíbrio é estabilidade mental e emocional. Requer moderação e prudência. Então, seja equilibrado e entregue este presente a pessoa mais amorosa do grupo.
25- Amoroso é quem tem ou sente amor. Aquele que ama, que é bondoso, que tem em seu ser a semente do amor. Demonstre este amor e entregue este presente a uma pessoa que considere prudente.
26- Prudência é qualidade de quem age com moderação, buscando evitar todo que causa dano. Evite danos maiores e entregue este presente a uma pessoa coerente
27- Ser coerente é possuir atitudes que buscam harmonia. Exercite este Dom e passe o presente á pessoa que julga ser competente.
28- Ser competente é possuir várias habilidades, portanto passe esse presente para uma pessoa muito organizada
29- O organizado faz tudo na hora certa. Sua prontidão lhe ajudará a se organizar para entregar este presente a pessoa mais confiante.
30- A confiança é fundamental, nos orienta a atingir nossos ideais, mas você já está confiante demais. Este presente não lhe pertence, entregue-o à pessoa mais amiga do grupo.
31- Você foi eleita a pessoa mais amiga. Parabéns! Ser amigo é primordial, é reunir um pouco de todas as qualidades, é Ter amor no coração. Este presente é para você. E você como amigo, irá reparti-lo com todos os amigos que estão compartilhando este momento especial.
Que Deus dê a todos a esperança e a força para continuarmos lutando por um ideal.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

PAUTA DE HTPC – 17/10/2012



"A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência que não sabe" Augusto Cury·.
Objetivos:
Ø   Registrar “porque, para que e para quem”?
Ø  Avaliar os diversos registros feitos em sala
Procedimentos:
Ø  Leitura do texto: Ubuntu
Ø  Roda de conversa sobre as formas de registros realizadas em sala (ocorrências, avaliações e observações diárias).
Rede de Ideias:
Ø  Retomada das atividades discutidas no HTPC anterior

·         Discutir as formas de avaliar (segundo material de OT).
·         Habilidades e expectativas de Artes alcançadas ou não e formas de estratégias para que o aluno atinja os objetivos até o final do ano.
·         Próximo assunto do PAC Informativo.
Texto: Ubuntu
«Um antropólogo que estudava os usos e costumes de uma tribo africana propôs uma brincadeira inofensiva às crianças. Encheu um pote com doces e guloseimas e colocou-o debaixo de uma árvore. Depois, chamou as crianças e combinou que quando desse o sinal, elas corriam para o pote e a que chegasse primeiro ficava com todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças posicionaram-se na linha de partida que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando deu o sinal, todas as crianças deram as mãos e começaram a correr em direção à árvore onde estava o pote. Quando lá chegaram, distribuíram os doces entre si e começaram a comê-los.
O antropólogo foi ter com as crianças e perguntou porque razão tinham ido todos juntos quando, o primeiro a chegar, ficaria com tudo que havia no pote e, assim, comeria muito mais doces.
As crianças responderam: "Ubuntu, tio. Como poderia um de nós ficar feliz se todos os outros estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses a trabalhar, estudando a tribo, e não tinha compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto a competição...
Ubuntu significa: "Eu sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atenção: porque SOMOS, não pelo que temos...»
Recados : Bilhetes colados , crianças que faltaram .

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Fases do Desenho no Desenvolvimento Infantil


Foi solicitado a duas professoras que separassem atividades realizadas de artes com temas variados para ser observada a evolução dos desenhos realizados pela turma. 
Escolhemos atividades individuais e coletivas para a observação, dando enfoque as interferências realizadas, os materiais utilizados e principalmente o estagio e turma na qual se apresentavam para fazer uma avaliação mais precisa e valiosa da fase em que estavam referentes ao desenho. 
Foi um trabalho de extrema riqueza pois foi visto que a turma de Mini Maternal imprime suas impressões e marcas com tamanha riqueza de detalhes e vontade de realização , observando suas produções diariamente que são expostas pela escola no qual os deixam extremamente orgulhosos e felizes , pois os mesmos reconhecem dentre as demais atividades os seus registros.  

Com base nestes registros segue agora fotos de algumas das atividades: 

GARATUJAS  DESORDENADAS 

A criança encontra-se na idade de um ano e meio entre  dois anos. As garatujas desordenadas  correspondem simples traçados feitos pela criança, linhas que seguem  em todas as direções.  Em alguns momentos  chega a ultrapassar a folha, explora diversas maneiras de manusear o riscante (lápis, caneta hidrográfica,  giz de cera, etc.)  
Exemplo de desenho nesta fase, realizado por uma criança do mini maternal no mês de março, após a leitura do livro os três porquinhos.Escolheu a cor mais próxima da folha e começou a explorar. 





GARATUJAS ORDENADAS 
Corresponde ao segundo ano de vida, neste momento a criança descobre que existe  ligação entre os seus movimentos e os traçados no papel, passando do traçado continuo para o descontinuo  e inicia  então as formas circulares. 
Exemplo de desenho nesta fase, atividades realizada pela mesma criança no mês de maio, atividade  de sondagem  (desenho livre), onde escolheu o giz de cera como riscante. 




GARATUJAS NOMEADAS  

Nesta  fase a criança começa a fazer  comentários verbais sobre o desenho e começa nomear as garatujas, isso ocorre em media no terceiro ano de vida.Os movimentos  circulares e longitudinais , transformam em  formas reconhecidas, aos poucos a criança passa  dar significado aos desenhos  e os nomeando-os.  

Segundo (OLIVEIRA, Vera B. e BOSSA, Nádia A Avaliação Psicopedagógica da Criança de Zero a Seis Anos. 2ª ed., Petrópolis: Vozes, 1994. Pag. 45) “Alguns movimentos circulares associados e verticais começam a dar forma  a uma figura humana ( esquema cefálico –caudal)” 

Exemplo de desenho  nesta fase,  realizado pela mesma criança, atividade  após a observação da imagem do corpo humano, então  solicitado as crianças que fizessem o desenho eu sou assim... (Projeto Identidade). 



Outro  exemplo : Atividades realizada  após a leitura  do livro, Bruxa , Bruxa Venha à minha festa, No final do mês  de Julho. 



 “ Para  a pesquisadora  norte- americana  RHODA Kellogg(1985), todos os futuros desenhos de um indivíduo serão construídos a partir dos movimentos iniciados na primeira infância e registrados no papel ou na massinha. Para expressar esta ideia  ela criou a mandala apresentada a seguir” (MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias, Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar,fruir e conhecer arte (1998, p,98). 



É visível o crescimento da turma e a realização das educadoras ao registrar essas atividades, o sorriso no rosto delas e a alegria ao comentarem sobre a evolução da turma é entusiasmante.  

Como interpretar os desenhos das crianças???





Mais de que uma atividade lúdica, fazer e colorir desenhos tem um papel muito importante no desenvolvimento de várias capacidades infantis, mas não só. Um desenho feito por uma criança exprime emoções, opiniões, medos, dúvidas e características da sua personalidade. Não é por acaso que os desenhos são uma ferramenta de trabalho preciosa nas avaliações psicológicas infantis e terapias posteriores. 

Saiba a que tipo de desenhos deve estar atento.

A força de um desenho:

As crianças privilegiam uma folha de papel branca e lápis de cera para exprimir as suas opiniões, sentimentos e medos – muito mais do que a comunicação verbal. É esta a forma que a pequenada encontra para contar uma história que terá, invariavelmente, representações de cenas e de pessoas da sua vida real. Um desenho encerra um sem número de significados, presentes em pequenos pormenores que podem não ser imediatamente evidentes, mas que com um olhar mais atento podem revelar algo que possa estar a afetar a criança de forma negativa.


Meninos vs. Meninas: 

Quem já teve oportunidade de analisar desenhos criados por meninos e meninas rapidamente verifica que, na maior parte dos casos, existem diferenças notórias. Por norma, os desenhos de crianças do sexo masculino estão intimamente ligados à ação e à força, sendo por consequência mais escuros e até mais agressivos (podem incluir explosões, armas e monstros, por exemplo); enquanto os desenhos de crianças do sexo feminino estão mais voltados para a natureza e a serenidade, sendo mais contemplativos, belos e coloridos (incluem, não raras vezes, o sol, as nuvens, flores e personagens fantasiosas como fadas, por exemplo). 


Como interpretar desenhos: 

Uma área específica e alvo de estudo intensivo, os desenhos infantis são matéria privilegiada no campo da psicologia, o que significa que nem os professores ou educadores de infância estão completamente treinados para decifrar desenhos. Porém, existem sinais de alerta, presentes nos desenhos das crianças, que podem despertar pais e professores para situações anormais. Os terapeutas especialistas afirmam que a interpretação dos desenhos deve ser feita consoante a idade da criança, ou seja, um desenho todo preto feito por uma criança de 2 anos pode não ter nenhuma conotação negativa, uma vez que esta ainda não tem uma consciência clara da escolha das cores, ao invés de uma criança mais velha, com 4 ou 5 anos.

No entanto, os psicólogos vão mais longe nesta matéria e defendem ainda a importância de não avaliar o desenho isoladamente, mas de considerar, para além da idade da criança, a sua personalidade, o seu desenvolvimento cognitivo e ainda o seu historial de desenhos. Em adição, há, naturalmente, o contexto do desenho, ou seja, sugere-se que o adulto fale frequentemente com a criança sobre aquilo que desenha.



Deve estar atento a:

Cores utilizadas e vivacidade das mesmas;
Força ou interrupção do traço;
Existência de sombras;
Isolamento de determinadas figuras (“fechadas” dentro de um quadrado ou de um círculo, por exemplo);
Ausência de determinadas figuras ou representação das mesmas numa escala muito reduzida;
Agressividade de determinadas figuras;
A criança passa a desenhar, continuadamente, cenários de violência;
Desenha repetidamente a mesma figura;
Se alguma figura é riscada ou apagada, depois de desenhada;
Desenha figuras sem cabeça ou sem rosto;
Não consegue desenhar-se a si próprio, numa imagem de família por exemplo;
Desenha cenários que não são adequados à sua idade;


O que fazer?

Não entre em pânico, nem proíba a criança de desenhar. O desenho tanto pode revelar algo negativo, como não. Mas, independentemente da conclusão final, é sempre preferível saber e descobrir atempadamente algo que esteja menos bem na vida da criança. 

Como os adultos nem sempre veem o que o imaginário das crianças (e a falta de técnica, compreensível nos mais novos) transpõe para o papel, é essencial manter um diálogo aberto sobre os desenhos infantis, sem recriminações, apenas muitos “porquês”. Procure descobrir a “história” por de trás de cada desenho.

Se verificou um ou mais “sinais de alerta” (transcritos na lista acima), é importante reunir os desenhos mais recentes da criança, para verificar se existe uma recorrência desse padrão ou não. Se necessário, marque uma reunião com a professora, de forma a poder também ter acesso aos desenhos efectuados na escola.

Fale com a criança sobre os desenhos em questão, tentando descobrir o que está por de trás dos mesmos, ou seja, a criança pode ou não dizer-lhe exatamente o que se passa ou o que se passou, por isso, será necessário estar atento às “entrelinhas”.
Se os desenhos da criança continuarem a alarmá-lo, procure ajuda profissional. 

Acima de tudo, não desencoraje a criança de desenhar, esta é uma atividade lúdica, criativa e educacional, que deve ser praticada continuamente, até porque os seus benefícios são mais do que muitos. 

Fonte: http://colorirdesenhos.com/
 

Projeto do Coordenador Pedagógico



Quem forma se forma e re – forma ao se formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”. Paulo Freire (p.25). 

O ato de aprender não cabe somente aos alunos e o de ensinar não depende exclusivamente do professor, foi através deste contexto que aceitei o novo desafio de estar no PAC São Domingos como coordenador Pedagógico, para com as ações estar no constante movimento de “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende  ensina ao aprender” (p25). 
Os desafios são grandes e transpassados a cada dia, pois aprendo sempre com o grupo e com as ações que me são apresentadas, com isso consigo transpor e alcançar o objetivo de auxiliar e me incluir no desenvolvimento da equipe e dos educandos. 
Acredito que a aprendizagem se dá através das experiências e vivenciam cotidianas e que este é um processo conquistado pelo professor e pelo aluno onde o professor aprende e ensina ao aluno e o aluno aprende e ensina o professor constantemente. O estimular a curiosidade é uns dos caminhos que faz parte para atingir um objetivo comum de ensino e aprendizagem, respeitando a autonomia e os conhecimentos já existentes e assim propiciar momentos de busca, vivencias de novas experiências, estando disposto ao ouvir, dialogar fazendo com que todos tenham liberdade para falar, debater e expor suas necessidades tendo o prazer de ver o educando descobrindo o conhecimento.  
“ É digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem, da alegria sem o qual a pratica educativa perde o sentido. É esta força misteriosa, as vezes chamada vocação, que explica a quase devoção com que a grande maioria do magistério nele permanece e cumpre como pode seu dever” (p 161).   


  
Objetivos:  

  • Promover a atuação conjunta com os Professores e ADI´S, fornecendo subsídios ao corpo docente na implementação  e auxilio de seus projetos e no desenvolvimento do seu trabalho. 

  • Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem atuando junto aos professores, alunos e pais no sentido de trazer a família para nos ajudar no desenvolvimento de seus filhos. 

  • Desenvolver ações coletivas no sentido de superação dos problemas e resoluções conjuntas  não só nos HTPC, mas em todos os momentos que se faca necessária as devidas  intervenções. 

  • Ajudar as educadoras na elaboração e realização  do planejamento anual, propondo alternativas  a partir de reflexões coletivas. 

  • Orientar e acompanhar e realizar junto com os professores o preenchimento dos diários de classe, Semanários e dar devolutivas para auxiliar no desenvolvimento das atividades.  

  • Estudar, pesquisar, selecionar e receber sugestões sobre assuntos didáticos para incentivar troca de experiências com e entre professores; 

  • Fazer um levantamento das possíveis duvidas e dificuldades das educadoras e buscar ações e temas a serem abordados para ajudá-las em suas práticas diárias.  

  • Elaborar um conselho de classe que auxilie na observação do desenvolvimento dos alunos e que traga um olhar diferenciado para as salas e suas particularidades, fazendo com que os professores junto com a coordenação e direção  enxerguem os avanços da turma e os próximos passos a seguir para um melhor trabalho e desenvolvimento das crianças 

  • Acompanhar e apoiar os alunos e professores no desenvolvimento de projetos e ações educativas. 

  • Promover dinâmicas de grupo para socialização e desenvolvimento entre os professores e alunos. 

  • Registrar em fichas próprias o desempenho da turma e individual, bem como comportamentos inadequados, tendo como premissa reverter e diminuir as ocorrências na escola e promover a integração do aluno. 

  • Aproximar a família da escola através de atividades culturais, dos projetos desenvolvidos e do projeto família escola. 

  • Organizar gincanas e torneios com a comunidade escolar para haver uma melhor socialização. 

Metas Previstas: 

  • Elaboração do planejamento anual; 

  • Reuniões para elaboração das atividades que nortearão as ações no decorrer do ano letivo; 

  • Realizar reuniões pedagógicas previstas no calendário para estudo e reflexões sobre a prática e ações cotidianas;
  • Dar assistência à direção em assuntos pedagógicos e em atividades cívicas e sociais; 

  • Preparação do conselho de classe, conforme calendário, para analisar e avaliar junto com os professores os avanços das turmas e trazer para a reunião os apontamentos encima das habilidades e expectativas alcançadas e não alcançadas e traçar as possíveis metas para os seguintes bimestres que auxiliarão no desenvolvimento dos mesmos; 

  • Orientação sobre o preenchimento dos diários de classe, relatórios semanários, portfólios e documentações pertinentes a nossa pratica. 

  • Realização e Introdução dos Projetos a serem trabalhados na escola, acompanhamento e avaliação conjunta dos mesmos;  

  • Reunião de pais por bimestre com objetivo de trazer os pais até a escola para terem acesso ás atividades e o cotidiano escolar, e demonstração dos trabalhos realizados e dos avanços de seus filhos;  

  • Promover um intercâmbio cultural entre os alunos, apoiando e interagindo junto com os professores para o desenvolvimento pleno dos projetos e atividades trabalhados por eles em sala de aula. 
  • Realizar encontros periódicos junto com os professores para analisar e avaliar as ações e traçar sempre estratégias para o melhoramento gradual de nossas atividades e praticas. No intuito de desenvolver e estimular cada vez mais o ensino prazeroso e eficaz; 
Avaliação: 
A avaliação consiste num trabalho progressivo e cooperativo entre a direção, coordenação pedagógica e o corpo docente, integrados as ações dos projetos desencadeados na escola, Esta avaliação contínua e progressiva será feita através de: 

  • Análise do plano elaborado, para verificar se os objetivos foram alcançados;  
  • Observação direta e indireta de todas as atividades desenvolvidas
  • Fichas de acompanhamento;
  • Reflexão e conclusão; 

Conclusão:

O alcance dos objetivos deste plano não depende somente da atuação do Professor Coordenador Pedagógico, mas também, do apoio da Direção da Escola, da aceitação e esmero dos professores, do desempenho dos demais funcionários do estabelecimento, e ainda, do auxílio dos responsáveis pelos alunos desta instituição.Para isso, quero  junto com todos conquistar aos poucos a confiança, para que possamos trabalhar como equipe e como família proporcionando assim, maior interação  entre escola-comunidade. Somente assim teremos êxito no nosso objetivo de ensinar e aprender com nossos educandos. E os objetivos e metas vêm a ser muito mais do que tudo o que foi escrito neste relato, portanto procurarei me esforçar para alcançar junto com os meus auxiliadores cumprir com o meu dever da melhor maneira possível. 



Bibliografia:  
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (146 páginas.)